O mercado imobiliário brasileiro é influenciado por diversos índices econômicos que afetam desde os custos de construção até as condições de financiamento. Compreender esses índices é essencial para investidores, construtoras e compradores. A seguir, exploramos os principais indicadores, suas variações nos últimos dois anos e algumas curiosidades históricas.

 1. CUB/SC (Custo Unitário Básico de Construção de Santa Catarina):

O CUB é uma referência que mede o custo médio por metro quadrado de construção no estado de Santa Catarina. Ele considera despesas com materiais, mão de obra e equipamentos. Em abril de 2025, o valor do CUB/SC foi de R$ 2.916,12, representando uma variação de 0,28% no mês. No acumulado de 2025, houve um aumento de 1,66%, e nos últimos 12 meses, a variação foi de 5,75%.

·       Curiosidade: O CUB foi instituído pela Lei nº 4.591/64 e é utilizado como parâmetro para reajustes contratuais na construção civil.

 2. INCC (Índice Nacional da Construção Civil):

O INCC mede a evolução dos custos da construção civil no país, abrangendo materiais, equipamentos e mão de obra. Em fevereiro de 2025, o INCC-M registrou uma variação de 0,51%, desacelerando em relação ao mês anterior, que foi de 0,71%. 

·       Curiosidade: Criado em 1950 pela Fundação Getúlio Vargas, o INCC foi o primeiro índice oficial de custos da construção civil no Brasil.

 3. IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado):

Calculado pela Fundação Getúlio Vargas, o IGP-M é amplamente utilizado para reajustes de aluguéis e contratos. Em dezembro de 2024, o índice apresentou alta de 0,94%, acumulando uma elevação de 6,54% no ano. 

·       Curiosidade: O IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel” devido à sua utilização frequente no reajuste de contratos de locação.

 4. Taxa Selic:

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, influenciando outras taxas de juros, como as de empréstimos e financiamentos. Em março de 2025, a taxa Selic foi estabelecida em 0,96% ao mês. 

·       Curiosidade: A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação no país.

 5. Poupança:

A caderneta de poupança é uma forma tradicional de investimento no Brasil, com rentabilidade influenciada pela Taxa Selic e pela Taxa Referencial (TR). De acordo com a legislação atual, quando a Selic está igual ou inferior a 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da meta da Selic ao ano, mensalizada, mais a TR.

·       Curiosidade: A poupança é isenta de imposto de renda para pessoas físicas, tornando-se uma opção atrativa para pequenos investidores.

 Entender esses índices é fundamental para tomar decisões informadas no mercado imobiliário, seja na hora de investir, financiar ou avaliar imóveis.

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